A Carona Para o Inferno: O Encontro Sombrio na Estrada Deserta


A Carona Para o Inferno: O Encontro Sombrio na Estrada Deserta

 

Capítulo 1: O Chamado Inesperado

Tudo começou com uma ligação que, no fundo, eu sabia que mudaria minha vida. Estava em uma pequena cidade no interior de São Paulo, trabalhando em um projeto que exigia minha atenção, quando meu celular tocou. Era minha esposa, e sua voz carregava uma urgência que me fez gelar.

"Nosso filho está doente, estou levando ele para o hospital", ela disse, com a voz tremendo.

Sem pensar duas vezes, larguei tudo e decidi voltar para casa. A distância era longa, mais de quatro horas de estrada. Isso significava que, se eu saísse imediatamente, chegaria a São Paulo por volta das quatro da manhã. Mas como eu poderia esperar? Sabendo que meu filho estava no hospital, a única coisa que importava era estar com ele.

Capítulo 2: A Estrada Sombria

Dirigindo à noite por uma estrada deserta, senti a escuridão se tornar cada vez mais densa. A cada quilômetro, a luz dos faróis parecia perder a batalha contra a escuridão. A estrada estava deserta, sem nenhuma alma viva à vista. Murmurei para mim mesmo, tentando afastar o medo: "Não pense nisso, preciso chegar em São Paulo antes que seja tarde."

Mas a escuridão parecia engolir a estrada, e a única companhia que eu tinha era o som do motor e os pensamentos ansiosos sobre meu filho.

Capítulo 3: A Estranha Aparição

De repente, no meio da escuridão, avistei uma luz distante. Não era um farol de outro carro, nem um poste. Quando me aproximei, vi uma moça, parada no acostamento, acenando desesperadamente por ajuda. Ela parecia deslocada, uma visão tão absurda naquele lugar que me causou arrepios.

"Meu Deus, eu é que preciso de ajuda", murmurei para mim mesmo, enquanto passava por ela. Mas o olhar de desespero em seu rosto me fez sentir uma pontada de culpa. Não consegui seguir em frente. Parei o carro, respirei fundo e dei ré até onde ela estava.

"Moça, o que você está fazendo aqui no meio do nada?", perguntei.

"Meu carro quebrou e não vejo ninguém há horas", respondeu ela, com a voz trêmula.

"Para onde você está indo?", perguntei.

"São Paulo", ela respondeu, com um tom de alívio.

"Entre, estamos indo para o mesmo lugar", respondi.



Capítulo 4: O Encontro Sinistro

Ela era jovem, bonita, com uma aparência que indicava que vinha de uma festa. Apesar disso, não parecia estar bêbada. Eu estava exausto e minha mente estava focada em meu filho. Evitei encará-la para não parecer desrespeitoso e não puxei conversa, pois tudo o que eu queria era silêncio para lidar com meus pensamentos.

Ela quebrou o silêncio: "Seu carro é bonito."

Sorri rapidamente e disse: "Obrigado."

A estrada continuava escura, e a única luz era a dos faróis. De repente, percebi que ela estava me observando fixamente, como se estudasse cada detalhe do meu rosto. O desconforto começou a se instalar em mim.

"Por que você está me olhando assim?", perguntei, tentando esconder a irritação.

"Você é bonito, estou apenas admirando a sua beleza", disse ela, com um sorriso perturbador.

"Olha, não quero ser rude, mas não gosto de falar enquanto dirijo. Além disso, sou casado. Então, por favor, silêncio até chegarmos em São Paulo", respondi, tentando encerrar qualquer interação.

Ela riu alto, uma risada que soou estranhamente vazia. Foi nesse instante que o carro parou abruptamente, como se tivesse sido desligado por uma força invisível.

Capítulo 5: O Carro Quebrado

Fiquei furioso e preocupado ao mesmo tempo. "Droga, o que foi agora?", murmurei. Saí do carro, abri o capô e olhei para dentro. Não havia nada visivelmente errado, mas o carro simplesmente não dava sinal de vida.

A escuridão ao redor era sufocante. O vento sussurrava entre as árvores e o silêncio era opressor. De repente, percebi que a moça havia desaparecido. Olhei ao redor, mas não havia sinal dela. Pensei que ela poderia estar brincando ou se escondendo para me pregar uma peça.

"Moça! Moça!", gritei, mas nenhuma resposta veio. Meu coração começou a bater mais rápido. Será que ela estava se escondendo no mato próximo? Será que ela era louca? Já tremendo de medo, decidi que se não conseguisse consertar o carro, teria que sair e procurar ajuda.

Capítulo 6: A Risada na Escuridão

Estava tentando entender por que o carro não funcionava quando ouvi uma risada distante, do outro lado da estrada. Acendi a lanterna do celular e a vi. A moça estava lá, de pé, segurando algo brilhante na mão.

Era a chave do meu carro.

"Assim o carro não vai funcionar", disse ela, com um sorriso sinistro, antes de correr para o mato, rindo como uma louca.

Fiquei louco de raiva e desespero. "Sua desgraçada! Volta aqui!", gritei enquanto corria atrás dela.

Capítulo 7: A Floresta Sombria

Corri atrás dela por mais de dez minutos pela mata densa. Meu coração batia tão rápido que parecia que ia explodir. A escuridão era total, e eu mal conseguia ver por onde andava. Tropecei várias vezes, mas continuei correndo, movido pela raiva e pelo medo.

Finalmente, ela parou em frente a uma árvore antiga e retorcida. "Agora você me entrega essa chave, sua desgraçada!", gritei.

Quando ela se virou, o pânico tomou conta de mim. Ela estava diferente. Seus olhos, antes normais, agora estavam completamente negros, sem nenhum traço de branco. Sua pele estava pálida como um cadáver, e sangue escorria de várias feridas em seu corpo. Mas o mais aterrorizante era que ela não estava andando... ela estava flutuando.

Capítulo 8: O Medo Paralizante

Fiquei paralisado pelo medo. Meu corpo tremia incontrolavelmente enquanto ela se aproximava de mim, flutuando no ar. Seus olhos negros pareciam me atravessar, e cada célula do meu corpo gritava para fugir, mas eu não conseguia me mover.

Ela colocou a mão gelada na minha cabeça, e de repente, visões começaram a invadir minha mente. Não eram lembranças, mas imagens vívidas como se fossem pedaços de um pesadelo. Eu a vi em uma festa, dançando e sorrindo, mas logo quatro homens começaram a observá-la com intenções malignas.

Vi-os seguindo-a até o carro, bêbados e cheios de malícia. Ela tentou lutar, mas eles a agarraram, arrastando-a para longe. O desespero em seu rosto era aterrorizante. Eles a estupraram brutalmente, sem piedade. E depois, como se não bastasse, esfaquearam-na várias vezes até que ela parasse de se mover. Em seguida, vi os homens carregando seu corpo até aquela árvore e enterrando-a ali.

Capítulo 9: O Pedido de Vingança

Ela tirou a mão da minha cabeça e, ainda flutuando, me olhou profundamente nos olhos. "Foi isso que aconteceu comigo", disse ela com uma voz que parecia vir das profundezas do inferno. "Esses monstros me mataram e me enterraram aqui. Desde aquele dia, estou presa neste lugar. Preciso da sua ajuda."

Eu estava em choque, ainda tremendo. "O que você quer que eu faça?", perguntei com voz trêmula.

"Você vai me desenterrar. Um daqueles monstros perdeu um cartão aqui, uma prova de que eles me enterraram. Leve meu celular e o cartão com você. O resto eu resolvo", ela disse.

Eu perguntei, ainda em choque: "E o corpo? Quer que eu chame a polícia?"

Ela riu friamente. "A polícia não vai fazer nada. Eles podem ser presos, mas logo estarão livres. Você vai chamar a polícia sim, mas não agora. Você vai saber quando for a hora."

Capítulo 10: O Trabalho Macabro

De repente, ela desapareceu. Achei uma pá ao lado da árvore. Com certeza, ela havia deixado ali para me ajudar. Mesmo com o medo me consumindo, comecei a cavar. Cada golpe na terra fazia meu coração acelerar ainda mais. Finalmente, encontrei um esqueleto, enrolado em trapos de roupa desfeita.

Minha respiração estava rápida e descontrolada, mas continuei. Entre os ossos, encontrei um celular e, depois de mais alguns minutos, um cartão de visitas. Nele estava escrito o nome: "Marcos Fagundes - Advogado".

Voltei para o carro, o coração ainda acelerado. Para minha surpresa, ela estava sentada no banco do passageiro, me esperando. "Você pode me agradecer depois", ela disse, tocando minha cabeça suavemente. No mesmo instante, desmaiei.

Capítulo 11 O Despertar

Acordei com uma luz forte na minha cara. Pisquei várias vezes, tentando entender onde estava. A luz vinha de uma lanterna, e, ao focar minha visão, percebi que era um segurança. Ele estava olhando para mim com uma expressão confusa.

"Senhor, não pode dormir aqui", ele disse, em um tom firme, mas sem hostilidade.

Ainda atordoado e com o coração disparado, tentei formular uma resposta. "Desculpa, meu carro quebrou, e..." Minha voz morreu enquanto eu olhava ao redor. Estava estacionado em uma rua familiar, em frente ao hospital de São Paulo. Meu coração deu um salto. Como eu tinha chegado ali?

O segurança continuou: "E também não pode estacionar aqui na frente do hospital."

Com a mente confusa, olhei para ele e perguntei: "Que horas são?"

Ele respondeu sem hesitar: "Uma da manhã."

Meu corpo inteiro gelou. Eu saí do interior de São Paulo quase meia-noite. Era impossível ter chegado ao hospital tão rápido. Deveria ter levado pelo menos quatro horas. Minha mente começou a se encher de perguntas. "Ela me ajudou...", pensei, sentindo um arrepio percorrer minha espinha.

Agradeci ao segurança e corri para dentro do hospital. Quando minha esposa me viu, ela parecia surpresa. "Como você chegou tão rápido?", ela perguntou, com uma mistura de alívio e incredulidade.

"Depois te conto. Como está o Enzo?", perguntei, desviando o foco.

Ela sorriu e disse: "Ele melhorou."

Capítulo 12 A Verdade Sombria

No dia seguinte, ainda com a mente perturbada, marquei uma consulta com um advogado, o nome que vi no cartão encontrado na floresta: "Marcos Fagundes". Quando entrei no escritório dele, o choque foi imediato. Era o mesmo rosto que vi nos flashes, a lembrança da noite anterior. Ele parecia desconfiado e curioso ao mesmo tempo.

"Como posso ajudar? Pode me contar tudo?", ele disse, em tom profissional.

Eu não respondi a ele. Apenas tirei o cartão do bolso e o deixei sobre a mesa. "Você esqueceu isso", disse, com frieza, enquanto também deixava o celular da mulher sobre a mesa.

Ele me olhou com uma mistura de surpresa e inquietação, sem entender o que estava acontecendo. Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, virei as costas e saí. Mas enquanto eu saía, ouvi um grito abafado vindo de dentro do escritório, um grito de terror. Sorri, sabendo que ele agora entendia o que estava por vir.

Capítulo 13 O Fim dos Monstros

Uma semana depois, enquanto assistia ao noticiário, uma manchete chamou minha atenção. "Quatro corpos encontrados mutilados brutalmente." As imagens mostravam rostos familiarmente horríveis – os mesmos homens que vi nas visões. Eles foram torturados, seus membros cortados e deixados para morrer. A vingança dela havia sido completa.

Lembrei-me das palavras dela, "Você vai saber quando ligar para a polícia". Agora eu entendia. Ela havia se vingado. Ela havia esperado o momento certo para fazer justiça com suas próprias mãos.

Peguei meu telefone, liguei de um número desconhecido e informei à polícia: "Há um corpo enterrado embaixo de uma árvore perto da estrada na rodovia tal." Não esperei por perguntas, apenas desliguei. Senti uma leve brisa fria passar por mim, como se ela estivesse me agradecendo. Finalmente, ela poderia descansar em paz.

Ela foi vingada. E eu, mesmo sabendo que participei desse ciclo sombrio de justiça, me senti aliviado ao perceber que o pesadelo havia acabado.

Mas, mesmo assim, ao fechar os olhos à noite, não consigo esquecer aquele olhar vazio e os olhos negros me observando. Como se, mesmo em paz, ela ainda estivesse lá, esperando... só mais um favor.

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